sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

BRRR.., QUE FRIO!



                                PARQUE VERDE
  

         Concordo que faria mais sentido falar do frio logo a seguir ao momento em que as fotografias foram colhidas do que neste momento em que o dia caminha para o fim e a tarde segue calma e amena no aconchego dos derradeiros dolentes raios do astro rei. Não consegui abrir um espaço nas ocupações inadiáveis a cumprir na manhã de hoje e no período mais encurtado da tarde houve que contrariar o ritual de uns momentos junto do rio Lima na contemplação do ocidente novo e diferente em cada dia, para estar agora a abordar um tema frio, contudo atual.

   As temperaturas são, agora, mais baixas de que no passado? Está mais frio hoje do que ontem? E, hoje ao romper do dia eram -1, -2 ou - 3, os números do termómetro?  Esclareço: nunca fez tanto frio como na atualidade!

   Eu sinto mais frio hoje do que passei ontem e, estou convencido de que amanhã será pior. Porquê? Ora, do passado estou aliviado, do presente conheço e, o futuro é uma incógnita que ficará por resolver quando chegar.

  Também acho que os portugueses têm mais frio na atualidade do que tiveram no passado. Reparem que o tema das temperaturas é preocupação dos media na mesma dimensão da redução da TSU ou da crise do sporting ou a posse de Donald Trump: a toda a hora, avisos amarelo ao norte  e cartão, perdão, vermelho ao sul; atenção, velhotes, debilitados asmáticos, bebés, "abifem-se, avinhem-se abafem-se", não se desgracem expondo à geada matutina do nariz mais que a pontinha. E,deixem-se por muito tempo na caminha pois as urgências estão  "à pinha". Recomenda-se altamente a Serra da Estrela onde a temperatura ajuda à pândega, ninguém fica apanhadinho do frio e é deveras divertido.

    Sorte da grande tiveram os avós porque no tempo deles não se faziam alertas, nem a preto e branco quanto mais coloridos. Não precisavam. Nas casas havia lareiras e nos "baixos" animais para moderar a temperatura ambiente. Os alunos iam para a escola descalços pisando charcos de vidro, pegavam pedaços de gelo e atiravam-nos uns ao outros às gargalhadas, as camisas e calções furados ficavam encharcados mas ventilados depressa secavam, nas aulas as mãos eram aquecidas pela palmatória dos cinco furinhos. 

    Sortudos, não viam televisão nem ouviam rádio por isso não sabiam que a temperatura no ar estaria abaixo de zero mal a galo cantasse.

    (Amanhã, meto baixa!...)



     O QUE MILHÕES NUNCA EXPERIMENTARAM













 

Fotos: doLethes
Remígio Costa
  

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