sábado, 16 de maio de 2015

UM OLHO COM (MUITAS) VISTAS.

 



                            Difícil ficar em casa com o dia a apresentar-se com uma manhã tão preenchida de luz e sol tão propícios a uma deambulação pequena que fosse por locais que, por mais vezes que sejam frequentados, nunca se repetem e são sempre diferentes. Para mim, que me dou cada vez melhor com a paisagem natural, com o palpitar da quietude da sombra das árvores, do voo das aves, das cores silvestres das plantas e das flores que nasceram livres, da água cristalina e da areia branca do leito do Lima na maré baixa, dos troncos de árvores onde a seiva secou e os petos picaram mil vezes a fazer ninho que margeiam o manto líquido salobro do olho com vistas e em vista de vir a tornar-se útil e desejado. O que estranhei foi  encontrar vazio de pessoas o local onde mais se veem habitualmente, na zona de atracagem dos barcos e da balaustrada. Nem grupo de ciclistas ou caminhantes e hoje é sábado, dia procurado para o lazer e exercício que  noutros dias se torna pouco fácil de praticar.  Fiz a avaliação do atual estado da obra de requalificação da margem do rio e, logo depois, estava sobre a ponte velha de Linhares calcando as pedras irregulares do caminho dos peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. Vindo de norte, só o som que prenuncia a festa do fim de semana em Santo Antão, lembrava que há outra vida para além do bosque...











                           RIO LIMA NA MARÉ BAIXA



FOTOS doLETHES
Remígio Costa

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