RIMA
DA CHUVA E DO VENTO
Bate a chuva na vidraça
Sopra o vento nos beirais
Estou eu, aqui, sem graça
A fazer versos banais.
Não sei se
ria se chore
Por não ver o sol raiar
Que a noite não demore
Venha a hora de deitar.
Pego num livro, não leio
Vou p’ra net navegar
Mas depressa me chateio
Quero mesmo é poetar.
Brincar chamando palavras
Para com elas formar
Jogos de rimas escravas
Singelas no conjugar.
Deste modo me contento
Enquanto o tempo não muda
Que importa soprar vento
Faça sol ou caia chuva.
É próprio da Natureza
Estar sol e chuva ter
Sendo de grande sageza
Aceitar e entender.
Lá por eu estar contente
Não me ponham na prisão
Juro que sou inocente
Não ganhei nem um tostão!
2015.01.30
Remígio Costa
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