sexta-feira, 31 de outubro de 2014

POUPANÇA e HALLOWEEN..

       
Man putting money in a bank Free Photo
  (Imagem internet)


            Falar de poupanças no momento atual à maioria dos portugueses é pouco menos que insulto. Tomara a muitos que houvesse para satisfazer o trivial das necessidades o suficiente ao fim do mês, quanto mais um cêntimo que seja para juntar um pé de meia para quando se esgotar o fundo destinado às pensões no resgate dos bancos falidos...

               A verdade é que já houve tempo em que, apesar das dificuldades e dos baixíssimos salários ou ordenados auferidos, com alguma sorte e uma parcimoniosa gestão do que entrava em casa do fim do mês, sempre restavam "uns trocos" para a tal poupança.

              Quando foi instituído o abono de família e a legislação da sua atribuição se enquadrava nos requisitos exigidos, o montante respeitante ao abono de família que me era devido pelos filhos que tinha foram para uma conta que abri em nome deles na Caixa Geral de Depósitos, tendo iniciado as entregas no dia 31 de Outubro, o DIA DA POUPANÇA, e recebido um cofre-mealheiro em grês para cada um deles ir guardando os "tostões" ou ofertas de "nota" se o "rei fazia anos".  Ao primeiro abono de família que depositei, juntei 1 (um) escudo, o que surpreendeu o funcionário da Caixa intuindo que me teria enganado. Disse que não, era assim que desejava por ser dia de poupança e, simbolicamente, estava a praticá-la de acordo com a intenção que estava subjacente à ideia de poupar.. Deste modo, mantendo ininterrupto o depósito ao longo do tempo, pude entregar no dia em que cada um deles atingiu a maioridade a caderneta com a quantia acumulada durante os anos da adolescência. Bem razoável ao tempo, por sinal.

             Mais que a impossibilidade de nos tempos atuais a maioria não poder imitar o procedimento que acima descrevo, choca-me a propaganda que vem a ser feita há alguns anos a esta parte a uma manifestação ridícula importada não sei se de Inglaterra se dos países do norte da Europa sem ter absolutamente nada a ver com a tradição portuguesa e que, ao contrário de constituir poupança é suscetível de originar despesas com máscaras e roupas extravagantes e pinturas que se usam para representar uma figura de bruxa, não incentivando as crianças à poupança nem as alertando para ações pouco edificantes e inapropriadas ao nível etário de quem as pratica, permitindo que andem de porta em porta e incomodar as pessoas nem sempre aceitando de bom grado a rejeição da fantochada que encenam.

             E poupo-me a comentar aqui o modo como o assunto é encarado no ensino oficial.
          







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