domingo, 30 de março de 2014

ANDAM LAMPREIAS NO LARGO DA FEIRA.

        

         Não, não se trata de uma brincadeira de um de Abril que ocorrerá na terça-feira próxima. Há, de facto, lampreias no Largo Capitão de Gaspar de Castro, vivinhas da silva, como as que sobem o rio Lima. Só que estas a que me refiro rabejam dentro da réplica de canoa monóxila construída pelo Caninhas, lastrada de água e com ar insuflado para as oxigenar antes de serem preparadas "à maneira" pelos "especialistas" e colocadas nos varões de ferro do assador, onde acabarão tostadinhas e prontinhas a saborear às torinhas com uma efervescente malga de tinto carrascão de boa cepa.

           Ai, não que não vão!

        

             Numa tenda levantada na placa central do Largo da Feira estavam a ser preparadas cerca do meio dia as famosas lampreias na brasa, ao mesmo tempo que nos restaurantes ali existentes o sazonal pitéu (para quem o aprecia e são muitos) ela é servida  noutras opções ao gosto do cliente, com arroz "a fugir no prato", escurinho como uma mestiça e tão atraente quanto ela, ao feijão, à bordalesa ou fumada, conforme a arte das cozinheiras que, por aqui, ainda não são chefs. É o dia da lampreia, neste ano corrente, porque já antes o festim  aconteceu por cá, noutras comemorações e com outros protagonistas.

          
            Ao contrário do que se possa imaginar a chuva não deverá causar diferença a esta iniciativa que tem carácter de solidariedade social, pois que, a haver lucro das vendas, ele destinar-se-à à Obra Social Riba Lima, já em actividade parcial. Isto, porque alguns preferem levá-la para as suas casas e fazer a refeição em família evitando as contrariedades da chuva.


         Pelo que pude constatar nos minutos que estive na "cozinha",  onde o Caninhas era o chef  da equipa, já vários exemplares tinham sido vendidos e outros volteavam nos rodízios para "ficar no ponto", à "profissional".

             Bora lá, a lampreia!




         Presumo que a "reserva" garante a ininterrupção da procura, pelo que até à noite ela, a iguaria que pela viscosidade da sua pele escapa-se com enorme facilidade à voracidade de predadores com crachá, continuará a abastecer o mercado. Seja, pois, de Lanheses ou de fora, e, se por felicidade sua abrir o doLethes, faça-se à estrada e deguste, ao menos, uma tora e ficará a saber que é bem mais saborosa do que um "coelho à S. Bento", onde até o molho causa vómitos.





                  Sai uma dose dupla, cá para o man!

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