sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

REFORMADOS CALIBRADOS PARA A INDIGÊNCIA

            

10 de janeiro de 2014



Ninguém tem dúvidas quanto ao estado de indigência que os governantes estão a impor a uma parte dos cidadãos  portugueses reformados, impondo-lhe sucessivos e violentos massacres sobre o valor das suas pensões em absoluto desprezo pelas condições de vida que lhes causam numa fase em que se tornam mais débeis e indefesos.

Todos temos consciência da situação de insolvência em que se encontra o país, que a soberania perdida de Portugal terá de ser levada a cabo pelo empenho de todos os portugueses, mas ninguém desconhece que foram as políticas até agora impostas aos cidadãos que conduziram a Nação portuguesa ao estado a que chegamos e não o povo trabalhador e, ainda menos, os aposentados.

 Os reformados não veem as suas pensões aumentadas desde há cerca de cinco anos e, neste período, foram já objecto de vários cortes e sujeitas a aumentos de descontos. Entretanto, cresceram todos os encargos dos bens essenciais de que não podem abdicar: despesas com a saúde, medicamentos, alimentação, vestuário, lares de seniores, encargos com a casa, água, luz, telefone e impostos como o IMI, IRS, em alguns casos. Não entram aqui, mas existem inúmeras situações de gastos de poupanças com filhos desempregados, apoio ao ensino de netos, parentes diminuídos na mobilidade ou carenciados. 

          Daquelas situações não tem, porventura, experiência a maior parte dos jovens responsáveis que têm passado pelos gabinetes da governação,  em S. Bento ou mesmo em Belém. Tiveram sempre alguém que os poupou àquelas obrigações básicas do povo comum..

Acaba de ser aprovado um orçamento rectificativo onde uma pensão de reforma acima de mil e alguns euros (uma imoralidade, pensam os pretores da farinha 115, que as comparam às deles próprios...)  sofrerá um corte de 3,5%, que a taxa de desconto para a ADSE, depois de ter passado no último orçamento para 2,25 vai ser a partir de agora de 3,5%, que 401 858 (!!!) pensionistas abastados vão ser compulsivamente obrigados a pagar dívida que outros fizeram em benefício próprio!

 Eu não quero transformar o doLethes numa espécie de "muro das lamentações", porque os meus seguidores e visitantes apreciarão muito mais que lhes dê boas notícias e que as desagradáveis as sofra eu sozinho ou com aqueles que as sentem na pele como eu estou a senti-las agora. Mas atentem que a muito breve prazo, continuando a mesma gente e o mesmo regime a marcar o destino dos portugueses, vão ser muitos mais os que  verão "calibradas" as suas vidas.



         

          

           

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