quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EXERCÍCIO DE CIDADANIA.



             LANHESES E AS SUAS PREMÊNCIAS

Está prestes a iniciar-se um novo ciclo na gestão autárquica da freguesia de Lanheses parecendo ser este o momento mais oportuno para se fazer uma elencagem dos empreendimentos e medidas cuja resolução muito beneficiaria a população lanhesense, alguns dos quais constam das  intenções divulgadas no folheto da campanha eleitoral da lista vencedora mas sem que se tenha avançado com um plano pormenorizado e sobretudo vinculativo quanto ao empenho na sua efectiva concretização no tempo.
Numa reflexão pessoal sobre o que de mais relevante poderá vir a ocupar o novo executivo no decorrer dos próximos quatro anos do seu mandato, faço  uma descrição das prioridades que julgo possam merecer concordância da maioria dos meus conterrâneos.



                           I – A EROSÃO DA MARGEM DO LIMA.

Em princípio, esta obra necessária e urgente, já deveria ter sido concretizada. Tem plano de execução aprovado e verba de 240 000€ inscrita para a custear que está a aguardar há mais de um ano “visto” para ser desbloqueada. Não são do conhecimento público as causas reais do atraso no início da requalificação da zona ribeirinha, no sítio da Passagem, correndo-se o risco de, quando estiver em vias de ser iniciada a obra, já estejam alterados  alguns dos dados que serviram para a elaboração do projecto aprovado e que o processo volte à estaca zero.
Coloco esta obra em primeiro lugar apenas porque o processo para a sua construção estará preso por detalhes.

                         II – SANEAMENTO BÁSICO.

É, sem dúvida, o empreendimento mais premente a encarar e a intentar resolver. Talvez o mais problemático de concretizar, em atenção a que mais de metade da rede total da freguesia está por fazer e o grande investimento que envolve a sua implementação. É, apesar de tudo, uma situação injusta e desigual para grande parte da população da freguesia, merecendo ser colocada à frente de qualquer outra necessidade. É uma “nódoa” na equidade dos direitos de acesso dos cidadãos à fruição de serviços essenciais de que, actualmente, apenas uma parte beneficia.   
                 
                         III – FEIRA QUINZENAL

Realiza-se em Lanheses há mais de dois séculos e, contrariando a morte lenta que lhe têm vindo a diagnosticar desde há muito tempo, continua a (sobre)viver e a resistir ao desinteresse e abandono a que tem sido relegada.
Expulsa há anos, sub-repticiamente e com a promessa de que voltaria após findas as obras de requalificação ao seu lugar natural, o Largo Capitão Gaspar de Castro, resiste desde então, desconfortada e insatisfeita, nas costas dele. Mal vista pela vizinhança, qual exilada clandestina incómoda, vai gerando vitalidade suficiente para se manter nestas deploráveis condições. Não sendo realista na actual situação económica do país (e da Câmara) criar um espaço próprio e com condições para o seu funcionamento em prazo razoável, que todos desejaríamos acontecesse, só o regresso ao habitat onde decorreu durante anos satisfaria as suas melhores potencialidades. Ganhava o comércio local, crescia o estatuto de liderança da freguesia no comércio rural e estimularia a produção de produtos agrícolas da agricultura familiar.
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 Assumidos como prioritários, os objectivos acima referidos, merecerão empenho diligente dos novos autarcas alguns mais com importância significativa para as necessidades e aspirações da freguesia.


                                     IV – CEMITÉRIO

A curto prazo o actual cemitério, mantendo-se as regras legais e  tradicionais para os enterramentos e gestão das sepulturas, que não se perspectiva possam ser alteradas a curto prazo,  o actual “campo santo” tornar-se-á exíguo para as necessidades da freguesia dentro de breve espaço de tempo  Há, pois, que tomar atempadamente as medidas necessárias para sanar problemas futuros que o Executivo cessante já terá iniciado.

                                     V – MELHORAR O ASPECTO DA SEDE DA JUNTA

O edifício sede da Junta evidencia um aspecto exterior deplorável! São necessárias obras urgentes de requalificação que assegure a dignidade devida  a um  dos mais emblemáticos edifícios de Lanheses, onde se guardam as memórias de infância de muitos lanhesenses que ali aprenderam a ler e a escrever. A competência é da Câmara Municipal e à Junta incumbe diligenciar para que ela faça rapidamente o que lhe compete.

(Continua em mais dois post)

Outubro/2013
Remígio Costa

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