terça-feira, 30 de novembro de 2010

JUSTIÇA DO SÉCULO XXI, d. C..



    SALOMÃO, (1009-992 a.C.) o Rei da Bíblia dos cristãos referido no Livro dos Reis decidiu, na hora, uma querela entre duas mulheres que reclamavam, cada uma delas, o direito à maternidade de uma criança recém-nascida.

          Não reza o texto sagrado se no pleito foram ouvidas testemunhas e se algum dos recorrentes  tinha patrono constituído se é que, naquele Tempo, já eram obrigatórios. Pela descrição que chegou até aos nossos dias da sábia e instantânea decisão, também não eram precisos.

          Em Janeiro do ano da graça de 2007 d.C., um jovem casal de namorados, desprendido do enlevo que costuma ampliar as relações afectivas entre apaixonados, ocupava o tempo em comum a fazer cruzinhas num vulgar boletim do totoloto.

          À notícia de que os QUINZE MILHÕES de euros do primeiro prémio lhe haviam caído em sorte, a sociedade romântica que germinou a fortuna acabou logo ali. Metade de 15 são 7,5, é pouco, terão concluído já de costas voltadas um para o outro.

          Irredutibilidade das partes, ainda bem que há tribunais, vamos lá pleitear.

          Para não alongar a história de cujo desfecho já toda a gente teve conhecimento através dos jornais e da TV, eu necessito dizer, para a concluir da forma que a pensei, que o tribunal se decidiu pela sentença salomónica: metade para a donzela, outro tanto para o jovem que a namorava.

         Para chegar a esta conclusão, a justiça do século XXI d. C., gastou QUATRO ANOS (mil quatrocentos e sessenta dias!), números redondos.

         É, objectivamente, uma tremenda evolução na justiça dos homens!

         


       

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