O governo acaba de confirmar o seu propósito de cobrar portagem na A-28, mantendo-se indiferente aos pressupostos legais que estabeleceram as regras para a cobrança nas vias SCUT.Sem coragem para impor a universalidade das suas decisões a todas as regiões do País optou pela tributação em alguns troços daquelas vias, mantendo outros isentos de pagamento.
Sendo o norte a região mais desfavorecida do País, e da União Europeia, o mínimo que se poderia esperar é que lhe fosse dado o mesmo tratamento de que beneficiam os portugueses do Algarve os quais, felizmente para eles, usufruem de um nível de vida bem superior ao nosso.
Poder-se-à invocar que a A-28 não terá portagens entre Caminha e Esposende e, A-27 entre Ponte de Lima e Viana do Castelo, fica da mesma forma isenta. Significa isto que, num raio de, aproximadamente, 25 Km., a utilização das SCUTS, não contribuirá para uma maior degradação do custo de vida da nossa região. Porém, é sabido que as exigências de mobilidade na obtenção e manutenção do posto de trabalho comportam deslocações longas que deverão ser feitas o mais rapidamente possível e com o menor custo.
Para que se tenha uma dimensão aproximada da incidência da taxação no rendimento familiar de um utente obrigado a utilizar a A-28 entre Viana do Castelo e o Porto, o dispêndio obrigatório mensal orça 240 €! Uma insignificância, obviamente, para um vencimento que ronde uns quatro mil euros mensais...
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