quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

PROENÇAS, BENQUERENÇAS, BAPTISTAS E OUTROS ARTISTAS

            É tudo gente de elite, de topo. Fazem parte daquele círculo restrito onde só entra quem usa gravata e sapatos de verniz e distintivo na lapela de clube fino em ouro de 22 quilates. Têm mesa reservada em restaurantes de luxo e vão passar férias a paradisíacos resorts nos confins do mundo.
            Têm como hobby a paixão pelo apito porque adoram o deslumbramento da luz da ribalta, a glória, ainda que efémera, de decidir e castigar com a altivez e a convicção da omnipotência dos deuses.
            São modelos de honestidade e isenção. Pedro "Gel", alcunha que alude ao seu penteado esmerado e luzidio onde o gel brilha ainda mais que o seu trabalho como árbitro, é natural de Lisboa e sócio do Benfica, o que, só por si lhe conferem atributos de juiz impoluto e competentíssimo.
            Olegário não é otário, não! Está na alta roda da Europa e trabalha (oh! se trabalha...) para o currículo. Tem uma visão de águia que não tem comparação com a de milhares de "ceguetas" que julgam ver pontapés de inocentes atletas em caceteiros que se deitam à sua frente, armados em vítima. É de Leiria, está tudo dito!
            E o Baptista?. Qualquer um põe a mão por ele, é o enfant gaté do padrinho Vítor. A sua carreira na arte do apito é um verdadeiro mistério, por ter chegado onde chegou. Na Banca é como peixe na água. Lida com o dinheiro dos outros e isso rende. Com o que amealhou na arbitragem e pensão garantida, a vida é bela para quem fez por ela.
            Mas há mais, que nesta confraria não escasseiam frades ansiosos por mostrar serviço na ordem que tão bem  protege e ampara os fiéis servidores.
            Muito deve sofrer (no Céu?) o Zé do Telhado.

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