FEIRA QUINZENAL, A ENJEITADA

            Por força da realização dos trabalhos de requalificação do Largo Capitão Gaspar de Castro (Benemérito) levados a efeito há cerca de meia dúzia de anos ainda no consulado de José Manuel Rocha como presidente da Junta de Freguesia, a centenária feira quinzenal que ali se vinha realizando foi transferida, a título provisório, para junto do Agrupamento Escolar de Arga e Lima, a sul das escolas que ali funcionam..
           Como local de recurso, a medida precária então tomada é justificável em virtude da proximidade com o local onde funcionava e do acesso fácil de pessoas e viaturas. Mas não tem, nem de perto nem de longe, quaisquer outros atributos que justifiquem o seu funcionamento durante mais tempo naquele local, por várias razões, entre as quais se relevam as seguintes:
                      - Inexistência de serviços de apoio aos feirantes, como cafés, restaurantes, WC públicos e serviço público de transportes;
                      - Não tem visibilidade e, por isso, não beneficia dos passantes da estrada nacional;
                      - Não foi criada sinalização que indicasse o novo local de funcionamento;
                     - A instalação em frente a um estabelecimento de ensino em nada o dignifica, é perturbadora, inconveniente e não pode agradar aos seus dirigentes e frequentadores (alunos e respectivos encarregados de educação)
                     - Carência de visibilidade promocional.

             Pelas razões referidas mas, para além delas, porque é imperioso valorizar os escassos bens que a freguesia possui, vimos há muito defendendo uma mais insistente e preocupada atenção em relação à valorização da feira quinzenal, a qual poderá começar, sem mais delongas, pela sua reinstalação no antigamente designado Largo da Feira, uma vez que não se conhecem quaisquer razões de fundo para a mudança imediata.
             O compromisso assumido pela lista vencedora das últimas eleições, encabeçada por Ezequiel Vale, prevê a construção de um recinto próprio para o certame, localizado em terreno actualmente pertencente à Casa d'Almada, a norte do vetusto jardim do Paço e a ele adjacente, paralelamente à estrada nacional 305 e frontal à Casa do Povo.

             É óbvio que a solução definitiva é a escolha acertada. Mas não a prevemos exequível a curto prazo pelos obstáculos a ultrapassar, sendo expectável um longo período para a concretizar. Também não nos parece existirem argumentos dilatórios para que, até à consumação daquele propósito, a feira não retorne, agora, ao seu antigo local.                                                                  

                                                                                                                                                                   

            Seria bom para o crescimento do mercado quinzenal, para os comerciantes locais, para os fregueses e forasteiros e contribuir-se-ia para a reposição da nossa memória colectiva.

          (As fotografias da feira quinzenal foram recolhidas no local onde actualmente decorre. Foto ao lado - Casa do Povo, em frente situa-se o novo local previsto para a feira).